Os maiores fails da história da Microsoft

Fala, galera, tudo bom com vocês? Para completar a série de grandes fails de grandes companhias e para ter todo mundo me odiando (afinal, eu sou anti-Nintendo, anti-Sony e anti-Microsoft ao mesmo tempo, eu devo gostar mesmo é de Atari), vamos falar hoje sobre os maiores fails da história da Microsoft no mundo dos games. Como a empresa entrou no páreo há apenas três gerações, é meio complicado fazer uma lista muito extensa deles, mas eu vou me esforçar ao máximo para isso. Vamos lá?

O serviço Games for Windows Live foi a tentativa da Microsoft de trazer a Xbox Live para o Windows, mas acabou fracassando exatamente porque a Microsoft tentou usar a mesma filosofia da Xbox Live, cobrando 50 dólares anuais aos donos de PC para eles poderem jogar online. Diferente do Xbox 360, no PC havia alternativas melhores para esse tipo de serviço (e gratuitas) como a Steam, o que acabou esvaziando o GFWL. Eventualmente, a Microsoft retirou essa restrição, mas já era tarde demais, pois poucos títulos acabaram suportando o serviço.

O pior de tudo é que quando isso acontecia, havia bastante resistência por parte dos jogadores em ter que usar a GFWL. Quando Dark Souls foi lançado para PC, fãs criaram um abaixo-assinado pedindo para que a From Software usasse servidores da própria Steam mesmo. Isso acabou não acontecendo.

Com o fechamento do serviço nesse ano, diversos jogos para PC perderam o seu modo online, ou foram forçados a mudar de casa, como no caso de BioShock 2.

O programa Games with Gold chegou quase no fim da vida útil do Xbox 360 com um simples objetivo: dar jogos antigos para os assinantes da Xbox Live gold de graça. E por que ele é um fail então? O programa em si não seria ruim, não fosse ele uma imitação bem fraca da PlayStation Plus. Ok, você fica com o jogo para sempre, mas até agora, o catálogo de jogos foi bem fraco, com títulos que chegam a remontar o início da vida útil do Xbox 360 e outros jogos que todo mundo já tem, como Halo 3.

Outro ponto negativo do programa é que ele vai só até novembro, ou seja, após o lançamento do Xbox One, nós vamos ter ganhado cerca de 10 jogos por sermos assinantes da Xbox Live. Se você pegar o mesmo período de meses na PlayStation Plus, a Sony deu pelo menos o dobro de  jogos, sendo a maioria bem mais novos do que os distribuídos pela Microsoft.

A Microsoft tentou enfiar uma loja de aplicativos goela abaixo dos desenvolvedores no Windows 8 e isso acabou desgostando um monte de gente, incluindo a Steam e a Mojang, por exemplo. No fim, a companhia foi bombardeada de tudo que é canto por causa dessa decisão de restringir o acesso ao Windows 8 e isso acabou motivando a Steam a criar o Steam OS, uma plataforma baseada em Linux que pode muito bem mudar os rumos da história do PC Gaming.

O anúncio do Xbox One foi um verdadeiro desastre para a  Microsoft. Parece que eles ficaram tão confortáveis com a liderança que tinham nos EUA que acharam que poderiam enfiar goela abaixo dos fãs o que quisessem. O plano original do Xbox One era um console que precisava fazer autenticações periódicas, tinha taxas para empréstimos de jogos, restrições nas vendas de usados, Call of Duty e televisão.

Basicamente, eles apresentaram um produto que estava mais para um aparelho de 500 dólares que estava pronto para sacanear você das mais diferentes formas possíveis, mas que ohhh, podia ser usado para assistir televisão. O foco dos jogos foi praticamente ignorado durante a apresentação inicial do console, algo que também não foi nada bem visto.

No fim, a empresa conseguiu danificar a reputação que ela tinha construído por anos em menos de uma hora, e as pré-vendas do PlayStation 4 não só no resto do mundo, mas também nos EUA, estão contabilizando praticamente 2 PlayStation 4 para cada Xbox One. Pode ser que eles consigam retomar a liderança em algum ponto da geração, mas é inegável o estrago que aquela conferência de apresentação do Xbox One na imagem do console.

O Xbox 360 chegou ao mercado como um excelente console. Poderoso, (relativamente) barato e com bons jogos, ainda mais comparado a um PlayStation 3 de 600 dólares, ele tinha tudo para aniquilar completamente a concorrência, não fosse um pequeno problema de fabricação. O erro das 3RL, como ficou conhecido, era um código do console informando uma falha de hardware, seja lá qual fosse, e por muito tempo foi o maior pesadelo dos donos de Xbox 360.

O problema só foi ser resolvido mesmo lá em 2009, após duas revisões de placa mãe do console e hoje em dia não é algo com que os donos dele precisem se preocupar, mas a taxa de falha dos consoles chegava a absurdos 20% nos modelos iniciais. Imagine o seguinte, seria mais fácil você jogar uma partida de roleta russa e não morrer do que você comprar um Xbox 360 no lançamento e ele não estragar após um ano de uso.

Ah, isso também acabou motivando a Microsoft a aumentar o prazo de garantia de consoles que não tivessem sido abertos de 1 para 3 anos, pois a chance dum Xbox 360 comprado no começo do ciclo de vida do console estragar só aumentava conforme o tempo passava. Não preciso dizer que isso custou uma porrada de dinheiro para a Microsoft, certo?

Fonte: Critical Hits