Os Maiores Fails Da História Da Atari

O Atari Jaguar foi o último console lançado por uma companhia americana nos anos 90. Lançado em 1993,  o console foi o primeiro a ter um processador de 64-bit na história dos games e era um concorrente do Sega Genesis e do Super Nintendo.

O Jaguar acabou sendo um fracasso gigantesco por uma série de motivos, como um preço mais alto em relação aos concorrentes, a dificuldade de desenvolvimento para o console (por causa de alguns defeitos gigantescos de arquitetura do processador do console) e a chegada do PlayStation e do SEGA Saturn, que acabaram fazendo o console vender menos ainda.

No fim, cerca de 250 mil unidades do Jaguar foram comercializadas, e a Atari ficou 10 anos sem lançar um novo console.

O Atari Lynx foi lançado praticamente ao mesmo tempo que o Game Boy da Nintendo, mas acabou sendo massacrado por um portátil bem menos poderoso do que ele. O motivo? A falta de autonomia dele. O Lynx precisava de seis pilhas AA para funcionar por cerca de 4 horas, enquanto o Game Boy precisava de 4 pilhas para funcionar por 16 horas.

Outros problemas que prejudicaram as vendas do console foram algumas escolhas ruins por parte da Atari na arquitetura do portátil, que acabavam causando lentidão nos jogos, a menos que eles fossem bem otimizados.

O Lynx não era nem de longe um console ruim, ele tinha tela colorida, processador de 16 bit e até a possibilidade de você jogar como canhoto (é só olhar os botões A, B nos dois cantos dele), algo que pouquíssimos consoles e portáteis oferecem ainda hoje, mas como foi um fracasso comercial, vai para a nossa lista de fails.

Pac-Man foi um hit tão grande nos arcades que a Atari fez de tudo para que o jogo saísse o mais rápido possível para o seu console, líder do mercado até então. O problema é que o port do jogo foi feito de maneira tão porca que ele foi martelado de todos os lados, tanto pela crítica quanto pelos jogadores.

A Atari previu que Pac Man venderia cerca de 12 milhões de cartuchos e, para evitar gargalos nas compras, produziu esse número de unidades. Sabem o que aconteceu? O jogo vendeu 7 milhões de unidades, valor bem alto até para os dias de hoje, mas uma boa parte delas foi devolvida nas lojas. O problema é que produzir 5 milhões de cartuchos a mais nos anos 80 não é a mesma coisa que gravar 5 milhões a mais de DVDs nos dias de hoje, então a Atari acabou tomando um prejuízo gigante no ano de lançamento do jogo: 536 milhões de dólares.

O Atari 5200 foi lançado pela companhia em novembro de 1982, meses antes do grande crash da indústria de videogames. O console vendeu cerca de um milhão de unidades em seu ciclo de vida, mais de 20 vezes menos do que o seu predecessor, o Atari 2600.

Os principais problemas encontrados pelo 5200 foram a falta de dinheiro da Atari destinada ao desenvolvimento de jogos para o console, a falta de retrocompatibilidade do console com o 2600 (sendo que vários consoles da concorrência rodavam jogos de 2600 graças a adaptadores) e o fato de a maioria dos títulos dele serem apenas versões de jogos do 2600 com gráficos melhorados.

E.T. para o Atari 2600 foi a cereja do bolo de M%$% que a indústria de jogos era nos anos 80. O jogo, a exemplo de Pac-Man, foi produzido às pressas e novamente a Atari previu vendas bem maiores do que as concretizadas. E.T. vendeu 1.5 milhão de cópias ao todo, o problema foi que a Atari previu cerca de 5 milhões de unidades.

O resultado disso tudo? Menos confiança ainda do público, mais prejuízo para a companhia e o eventual “crash” da indústria de games dos anos 80. Para vocês terem uma ideia de quão violento foi esse crash, a indústria de games como um todo faturou 3.2 bilhões de dólares em 1983 e apenas 100 milhões de dólares em 1985. Muita gente achava que os videogames estavam condenados, até a chegada do NES nos EUA.